
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) voltou a subir o tom contra o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) durante entrevista ao jornalista Luiz Carlos Focca. Os dois são apontados como pré-candidatos ao Senado nas eleições de 2026. Na avaliação de Alessandro, Rodrigo não tem histórico de trabalho legislativo relevante e atua de forma teatral nas redes sociais, sem entregar resultados concretos para a população.
“Ele foi eleito, respeito o eleitorado, mas não é um homem sério. Você não encontra um serviço prestado por Rodrigo, nem como deputado estadual, nem como federal. É só puxassaquismo”, disparou Alessandro. O senador também resgatou o início da trajetória política de Rodrigo Valadares, que, segundo ele, foi eleito deputado estadual com apoio do PT e do MST. “Ele usava boné do MST, teve apoio de Rogério Carvalho e Márcio Macêdo. Passe oito anos filtrando os discursos dele e não vai achar uma crítica aos dois. Porque lá atrás era apoiado por eles.”
Ainda durante a entrevista, Alessandro questionou a mudança de postura do deputado a partir de 2018, quando Rodrigo Valadares passou a se alinhar ao “bolsonarismo”. “É direito dele mudar, claro. Mas é evidente que foi por conveniência política”, disse o senador.
Alessandro também criticou a atuação digital do parlamentar. “Se vocacionou para essa coisa teatral, vídeos na internet, gritaria, mas se você passa a peneira, não tem nada. O método dele é atacar, ofender.”
O principal ponto de atrito, no entanto, foi a posição de Rodrigo contra a CPI do Crime Organizado, defendida por Alessandro no Senado. “Você faz uma CPI para combater o crime organizado e o cara é contra. Então ele é a favor do quê? Não faz sentido. É molecagem. Ele pode comprar sua pipoca, seu refrigerantezinho e assistir da plateia. Depois ele avalia se deu certo ou não, provocou Alessandro.
Para o senador, a CPI tem potencial para enfrentar um dos maiores problemas do país. “O crime organizado invadiu diversos setores. Ou enfrentamos isso com seriedade, ou vamos caminhar para uma realidade como a do México ou do Equador, onde o crime domina a sociedade.”
Alessandro encerrou a entrevista reforçando o respeito ao voto popular, mas voltou a criticar o adversário. “O deputado Rodrigo foi eleito. Mas ele não é um homem sério.”