João Daniel relata restrições e clima de instabilidade durante eleições no Equador

O deputado federal João Daniel (PT-SE) está no Equador, onde participa como observador internacional das eleições presidenciais no país. Em missão oficial, ele denuncia ações autoritárias do governo de Daniel Noboa e questiona a lisura do processo eleitoral.

Segundo João Daniel, o pleito foi marcado por repressões, toque de recolher e decretação de estado de exceção, dificultando a mobilização de eleitores, especialmente nas regiões onde a candidata da esquerda, Luisa Gonzalez, tinha maior apoio.

“O clima nas ruas era de silêncio e tensão. A população estava impedida de se manifestar livremente. Presenciamos uma repressão clara nas regiões oposicionistas, com proibição de aglomerações e presença de forças militares nas redondezas dos comitês de campanha da esquerda”, relatou o parlamentar, direto de Quito.

Em suas redes sociais, João Daniel afirmou que o processo eleitoral no Equador revela mais um capítulo da estratégia da extrema-direita na América Latina. “Manipulam crises, suprimem direitos e entregam a soberania aos interesses dos EUA”, criticou. Para ele, a vitória de Noboa representa um projeto neoliberal que ameaça não apenas o Equador, mas todo o continente.

Durante a entrevista, João Daniel também destacou a resistência da esquerda equatoriana e reforçou a necessidade de unidade entre os países latino-americanos. “A luta pela democracia não tem fronteiras. Precisamos fortalecer a união dos povos contra o entreguismo e a exploração imperialista”, defendeu.

Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador no segundo turno das eleições presidenciais. Com 90% dos votos apurados, o mandatário de direita obteve 55,09% dos votos, contra 44,05% da ex-deputada esquerdista Luisa González.

A comitiva de observadores internacionais da qual o deputado faz parte continua acompanhando os desdobramentos pós-eleitorais no país.

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